Nessa estréia quero compartilhar com vcs um pouquinho da minha história como mãe da Ana Luiza, que começou uns dois anos antes de eu conseguir ficar grávida dela!
Mas quem irá contar pra vcs como foi o dia mais emocionante de nossas vidas é um dos personagens principais dessa história, o Henrique, meu companheiro há quase 10 anos e pai super dedicado da nossa pequena.
Com vcs " A saga do nascimento de Ana Luiza"...
Ana Luiza sendo amamentada no primeiro minuto de vida! Já saiu da barriga direto pro peito! |
O nascimento de Ana Luiza para nunca
ser esquecido!
Dia 06 de Agosto de 2009, quinta-feira
às 23h: Débora me acorda com suspeita de contrações. Ligamos as 24 h para o
médico de Juiz de Fora, Dr. Alexandre e após confirmarmos, somos orientados a
nos preparar e seguir para o Hospital Albert Sabin em Juiz de Fora.
Após tomarmos banho, arrumarmos as
malas no carro e deixarmos o Gregório (cachorro) na portaria seguimos para
buscar a tia da Débora, Flávia, que se prontificou a nos acompanhar.
No caminho as dores aumentam e
resolvemos seguir para o Hospital São Salvador em Além Paraíba para
exames e para nos certificarmos que estava tudo dentro do previsto.
As 24h30min h estávamos no
hospital aguardando a médica de plantão para os exames. Neste dia acontecia a
Exposição Agropecuária de Além Paraíba, o hospital da cidade fica no alto, dá para
ver o local da festa e por uma coincidência estava tocando no palco o “Jota
Quest”, e ficamos vendo o show do Parque de Exposição do pátio do Hospital.
Débora apesar das dores curtiu umas duas músicas!
Dia 07 de Agosto de 2009, sexta-feira: a médica chega por volta da 01h40min
h avalia a situação e nos comunica que Débora e o neném estavam bem e que a
dilatação não passava de três centímetros, argumentos
que nos deram mais segurança para seguir em frente com o nosso
planejamento, ou seja, teríamos tempo suficiente para chegar a Juiz de Fora.
Após alguns minutos as dores aumentaram sua frequência e apesar disso, as
informações de todos no hospital de Além Paraíba era que provavelmente Ana
Luiza só nasceria pela manhã.
Apesar de nossa apreensão e
receio, partimos para Juiz de Fora diante do desejo da Débora em ter o neném lá,
de “parto normal”.
Durante o percurso na rodovia BR
393, Débora teve muitas dores e a freqüência e a intensidade das contrações foram aumentando
assim como sua insistência em continuar a viagem e não regressar para Além
Paraíba.
Por volta da 02h30min h, chegamos
ao pedágio da rodovia, as dores estavam insuportáveis e muito fortes. A pedido
de Débora solicitei na cabine para retornar e estacionar o carro no serviço de
apoio para ela ir ao banheiro.
Enquanto conversava com a
funcionária da Concessionária, Débora começou a gritar de dor e comunicou que a
bolsa já havia estourado e que o neném iria nascer ali mesmo. O desespero tomou conta de todos (menos da mãe), foi uma correria
para acionar a ambulância e os para-médicos. O pedágio literalmente parou, os
funcionários corriam para ajudar.
Débora entrou novamente no carro
e deitou no banco de trás, retirei sua calcinha e constatei que além da bolsa
ter estourado já havia sinais de que a neném iria mesmo nascer ali. Apesar de ainda não acreditar no que estava acontecendo, continuei a dar apoio, pois ela gritava
muito e desesperadamente avisava que estava nascendo. Neste meio tempo a UTI
móvel estacionou atrás do meu carro e Débora foi para dentro da ambulância. Enquanto
os para-médicos ajustavam a altura da maca para trazer mais conforto a
paciente, notei que o parto estava acontecendo ali mesmo, a “cabecinha” de Ana
Luiza já começava a aparecer. Débora gritava muito de dor, lembro-me que falei
com ela que o neném estava aparecendo e comecei a pedir a ela que fizesse força
para ajudar a expulsá-la. Não demorou muito e Ana Luiza foi literalmente “cuspida”
nas mãos do para-médico diante de meu olhar assustado e de minha narrativa do
que estava acontecendo para a corajosa mamãe que fazia um esforço estúpido para
o nascimento de nossa filha, lutadora e corajosa como a mãe dela. Espero que
não seja tão teimosa como a mãe!
O paramédico colocou Ana Luiza no
peito de Débora. Isso me deu tranqüilidade que tudo estava correndo bem. Ela
estava um pouquinho suja de sangue e secreções, mas com saúde e disposição para
chorar.
Após os cumprimentos dos paramédicos, olhei no relógio eram 03h05min h,
pelos cálculos que fizemos Ana Luiza nasceu por volta das 02h50min h, chorei muito de emoção junto com minha
esposa.
A ambulância seguiu para o
Pronto-socorro de Sapucaia, e lá o médico de plantão examinou a Débora e achou
melhor transferi-la para Além Paraíba, já que o pronto socorro não dispunha de
recursos.
Flávia, tia da Débora, estava
assustada com os acontecimentos vivenciados por ela. Ela havia ficado na praça
do pedágio para cuidar do carro. Acompanhou tudo escutando pelo rádio de
comunicação dos funcionários da Concessionária que estavam atentos ouvindo o
que se passava. Não demorou muito para a notícia ser dada do nascimento de Ana
Luiza. Ela conduziu o carro e acompanhou a ambulância chegando em seguida em
Sapucaia.
Liguei para o Hospital de Além Paraíba
e avisei ao plantonista o que havia acontecido e solicitei a presença da médica
obstetra e de um pediatra para que fossem chamados para examinar mãe e filha recém-nascida.
Retornamos para a UTI móvel para seguirmos para o hospital São Salvador. De acordo
com os procedimentos de atendimento na concessionária teríamos que aguardar um
médico da concessionária para avaliar o quadro da paciente. Após uma hora o
médico chegou e conseguiu com mais um esforço da Débora, retirar a placenta que
ainda permanecia dentro de seu útero. Seguimos viagem até ao hospital para
espanto de todos que não acreditavam se tratar da mesma paciente que saiu de lá
para Juiz de Fora.
Quando passei pelo pedágio
novamente, as funcionárias comemoravam e todas buscavam um lugarzinho para ver
Ana Luiza passar, a felicidade pelo sucesso do socorro estava em cada rosto
naquela madrugada. Agradeci primeiramente a Deus e em segundo a toda a equipe
da Concessionária Acciona que fez um excelente trabalho.
Algumas pessoas recriminaram
nossa atitude em seguir para Juiz de Fora, sem saber que todas as informações
que nos foram dadas no hospital nos levaram a acreditar que haveria tempo
suficiente para chegar em segurança.
Na chegada, a notícia já havia se
espalhado e uma jornalista solicitou permissão para fotos para uma reportagem.
A médica obstetra já aguardava
nossa chegada, completamente espantada com ocorrido. O comentário foi que em 10
anos de profissão nunca havia visto um trabalho de parto evoluir tão rapidamente
desta forma, principalmente considerando que era a primeira gestação.
Por volta das 06h05min h o
pediatra chegou, depois de nosso pedido que fosse o Dr. Sergio. E para o seu espanto
ele percebeu em se tratar de um casal de amigos e não um morador da zona rural em
busca de socorro. O seu comentário após examinar o neném era que parecia coisa
de cinema ou de novela. Estava pasmo!!!!!!
O médico de Juiz de Fora foi
comunicado ainda na parte da manhã de sexta-feira, demorou em acreditar nos
fatos narrados de nossa história. No começo, achava que era brincadeira!
Agradeço a Deus que minha filha
tenha nascido com muita saúde e como uma lutadora!
Foi um tipo de emoção que nunca
imaginei que teria em toda a minha vida! Só não gostaria de passar por tanta
emoção ao mesmo tempo novamente!
“Minha
esposa durante toda a sua gravidez sempre falou que teria parto normal e se
preparou para isso. Falava com convicção e certeza! Agora mais do que nunca, acredito
no poder de nossos pensamentos e desejos, quando lutamos por algo que
acreditamos com muita vontade, criamos meios para que elas aconteçam através de
nossas mentes”. “Deus nos
iluminou e nos protegeu para esse momento tão difícil e mágico ao mesmo tempo,
mas a convicção de minha esposa aliado ao monitoramento de médicos e práticas
de exercícios, alimentação adequada e etc., foram fundamentais para que ela
tivesse um parto normal tão rápido e inimaginável”.
José Henrique Aguiar Lameira
Pai
de primeira viagem, e, diga-se
de passagem, viagem recheada de fortes emoções para nunca serem esquecidas e
se possível repetidas!
Que legal ser contado pelo papai! Muito lindo o relato!
ResponderExcluirEle escreveu no dia seguinte e eu até hj não consegui escrever a minha versão! rsrsrs
ResponderExcluirParticipe vc também! Obrigada pelo coment ele é muito importante para gente! beijos
U-A-U!!!!!!!! hahahaha Inacreditávelllll!!!! Já sobe de partos rápidos assim, mas nenhum deles estava na estrada indo para outra cidade.
ResponderExcluirCaramba, imagino o susto!!!! hahaahha
tive uma amiga q a bolsa sompeu as 5 da manha e a bebê nasceu 9 e pouco de PN tb.
A empregada de uma amiga foi para o hospital nos 45 do segundo tempo e nasceu 30 minutos depois!
Acho que quando é pra ser, não tem jeito!
hehe
Adorei a história! Bjssss
Aninha
Agora vc tem o seu PN pra contar tb Aninha! :)
ExcluirBeijocas
EMOCIONANTE!
ResponderExcluirbeijos
Lele
Bota emoção nisso Lele! :)
Excluirbjs
Ahhh que lindo!! ❤️ Amei saber da sua história!!! Parabéns!!!
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