Seja muito bem vinda Dra. Maria Cecília!!!
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Um fato inesperado pode aparecer quando um casal tenta engravidar: a dificuldade de alcançar a gestação. E normalmente a culpa disso recai sempre na mulher, o que não é certo. Tanto homens quanto mulheres podem apresentar problemas de fertilidade e hoje vamos destacar o problema relacionado ao sexo feminino.
A mulher pode ser considerada infértil se ela, até os 30 anos, sem utilizar contraceptivos, mantiver vida sexual ativa e não alcançar a gravidez desejada no período de um ano; se ela tiver mais de 40 e não engravidar no período de seis meses; ou se ela, em qualquer idade, apresentar pelo menos três abortos espontâneos. As causas para esse problema podem ser hormonais, genéticas, infecciosas ou, ainda, fatores externos, como estresse, hábitos saudáveis e alimentares etc.
A falta de informação é a principal barreira para os casais que têm dificuldades de engravidar. E a infertilidade não significa incapacidade permanente de concepção. Caso desconfie do problema, o ideal é procurar ajuda médica para entender as principais causas. Pesquisas recentes revelam que até 95% dos casais que recorrem a tratamentos conseguem ter filhos.
A lista abaixo vai ajudar a entender um pouco mais as principais causas de infertilidade em mulheres.
NAS MULHERES
Ausência de óvulos ou disfunção ovariana – este é o principal problema entre as mulheres inférteis. O ovário é o órgão onde são produzidos os gametas femininos (óvulos). As alterações ovarianas comprometem a produção hormonal; ciclo menstrual e até os próprios ovários. É necessário um exame clínico detalhado para diagnosticar possíveis distúrbios ovulatórios, sendo necessária a dosagem de hormônios. Os exames também podem identificar falência ovariana precoce, ainda que a mulher não esteja em idade comum para menopausa. Mesmo com o ovário comprometido, as mulheres menstruam normalmente e só descobrem o problema quando são submetidas a exames específicos. Há estudos que mostram que o distúrbio está relacionado a hábitos pouco saudáveis e contato com substâncias tóxicas.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – a SOP é causada pelo desequilíbrio na produção de hormônios, alterando todo o ciclo menstrual da mulher ou até mesmo causando a ausência do fluxo menstrual. O problema acarreta disfunção na ovulação e pode dificultar as chances de engravidar. Além disso, surgem pelos em locais incômodos, aumenta a oleosidade da pele e provoca o acúmulo da gordura abdominal.
Endometriose – a doença afeta entre 15% e 20% das mulheres e normalmente é descoberta quando elas resolvem engravidar. Ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero e é eliminado durante a menstruação, atinge outros órgãos do corpo, como ovários, bexiga, trompas etc. Os principais sintomas são fortes cólicas durante e após períodos menstruais, incômodo durante relações sexuais e dores abdominais. Também causa aderência e inflamações na região pélvica.
Obstrução tubária – para chegar ao útero, os gametas masculinos e femininos passam pelas trompas. Inflamações ou infecções podem obstruir as tubas uterinas e impossibilitar qualquer chance de gravidez.
Miomas – até 50% das mulheres podem apresentar a doença ao longo da vida, com maior incidência a partir dos 40 anos. Os miomas originam-se a partir do crescimento desordenado de células e podem afetar a função do útero. Entretanto, raramente causam infertilidade, a não ser que cresçam para dentro do útero ou quando desenvolvem-se em lugares que obstruem a passagem dos embriões.
Idade avançada – deixar para engravidar a partir dos 35 anos pode ser um risco para as mulheres. Quanto mais avançada for a idade, maiores são as dificuldades. Isso porque o ovário começa a diminuir a quantidade e qualidade dos óvulos quando a mulher completa aproximadamente quatro décadas de vida.
Alterações da tireóide – a tireóide é uma glândula que produz hormônios capazes de regular o metabolismo. Durante toda a gravidez, os hormônios da tireóide são transferidos para o feto por meio da placenta, além de serem também os responsáveis pela manutenção da gestação. Distúrbios na produção desses hormônios (hipotireoidismo e hipertireoidismo) podem causar problemas em todo o corpo e na gestação, causando sequelas neurológicas na criança.
Aumento da prolactina – o leite materno é produzido por esse hormônio. Alterações em sua produção podem causar mudanças no ciclo menstrual e prejudicar o correto funcionamento dos ovários.
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